Entrevista - Flávia Padula


Olá, leitores? Tudo bem?!

Hoje vamos conhecer um pouco da querida escritora Flávia Padula. Quero agradecer a autora por ter nos concedido essa entrevista e por ter sido tão gentil. Muito obrigada!

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Quando você percebeu que queria ser escritora?
Desde sempre. Aprendi a ler e a escrever aos quatro anos e nunca mais parei, sempre fui apaixonada por livros, é um dom da alma mesmo. Escrevi meu primeiro livro aos 11 anos e nunca mais parei. Tanto que me formei em jornalismo, sem duvidar do que gostaria de fazer uma vida toda.

Escrever é o seu único trabalho, atualmente?
Não. Mas não deixa de ser um sonho, viver somente de escrever, vinte e quatro horas por dia. Respirar meus livros.

Qual a posição da sua família em relação a sua profissão como escritora?
Eles amam. Graças ao meu marido voltei a escrever, fiquei muito tempo afastada, e foi ele que me “empurrou” para lançar o livro O Duque. Meus filhos amam ler, todos são meus parceiros e nos divertimos com isso.

Qual o lado positivo e negativo da profissão?
Lado positivo: eu amo criar, faço independente de qualquer coisa, tanto que lancei meu livro para o público aos 38 anos. Escrevo pelo prazer de escrever, sem me importar se alguém vai ler ou não.

Lado negativo: não ter investimento do governo brasileiro para pequenos escritores. A lei Rouanet, por exemplo, apenas beneficia grandes artistas. Além das editoras, há muita picaretagem por aí, pessoas que fingem ser profissionais e abusam dos sonhos dos escritores.

Quais as dificuldades que enfrentou/enfrenta para continuar escrevendo?
Criticas destrutivas. Não há nada pior. Demorei muito em lidar com isso, mas descobri que nem todo mundo vai gostar do que escrevo, o que é normal. Principalmente o público brasileiro, infelizmente, tem muito leitor pronto para atacar os escritores brasileiros. Não somos um povo que vangloria a própria cultura. Eu nunca recebi uma critica ruim de leitores estrangeiros, somente elogios. É muita discrepância e percebi que muitas outras escritoras sofrem o mesmo.

Como é a sua relação com seus leitores.
Ótima. Faço de tudo para responder as mensagens que me mandam, mas o problema é a falta de tempo mesmo. Eu os vejo como amigos que partilham da paixão pela leitura. Eu amo meus leitores, cada elogio, eu imprimo e guardo numa pasta e sempre estou relendo, isso me dá força para continuar escrevendo. Energia positiva gera energia positiva.

Assim como muitos autores, você publica seus livros também no Wattpad. Qual a sua opinião sobre a plataforma?
Eu conheci o Wattpad por acaso, este ano, e adorei. Caso, na minha adolescência, eu tivesse um espaço como este, eu teria lançado meus livros há mais de vinte anos. Acredito que o Wattpad é uma forma de proliferar a leitura e a oportunidade de muitos escritores. Sou fã de qualquer manifestação que incentive o ato de ler e escrever.

Seu livro O Duque, é o primeiro da Série Casamento Arranjado. Gostaria que comentasse sobre a série e como surgiu o interesse em escrever Romances de Época.
Eu me apaixonei pela literatura inglesa aos dez anos quando li Jane Austen, depois veio as irmãs Bronte e Oscar Wilde, daí a paixão foi intensa. Não consigo recordar exatamente qual livro foi que me inspirou tanto, mas sou apaixonada por história, amo Ken Follet, Bernard Cornwell, Christian Jacq entre tantos outros escritores que se aprofundam em pesquisa histórica para escrever. O Duque surgiu em 1998, logo depois de ter escrito o livro a Rainha Negra (não lançado) e começado O Yankee. Eu estava lendo sobre a Revolução Francesa e Phillip surgiu, o amante francês poderoso e destemido e daí comecei... A série se formou por acaso, eu escrevi os dois livros simultaneamente e eu estava muito aficionada com a opressão que as mulheres viveram nos séculos anteriores ao nosso, sendo obrigadas a se casarem. Então, eu quis dar uma nova oportunidade a elas: minhas personagens seriam obrigadas a se casar, mas com a chance de felicidade. Por que não? O que muitas mulheres viveram é aterrador, eu quis reescrever suas histórias com romantismo. Eu acredito no amor, é fato!

Você também possui uma série contemporânea, chamada Dawson. Conte-nos sobre ela.
Então, esta série é inspirada nos livros de bancas: Julia, Sabrina, Bianca. Sempre fui apaixonada neles. No inicio da adolescência, eu tive um problema grave na perna direita e fiquei uns meses sem poder andar, minha mãe comprava estes romances de bancas e eu fiquei viciada, leio até hoje sem hesitar, são uma delicia para passar o tempo. Daí os Dawson são uma mistura de tudo de bom que já li sobre os cowboys lindos do Texas. Eu os adoro.

Dentre todos os seus livros, existe um predileto?
Uma Obsessão Indecente, da Collen Mccullough.

Quais são os seus autores preferidos?
São muitos: Machado de Assis e José de Alencar. Daphne Du Maurier, Ken Follet, Christine Feehan, Anne Rice, Sophie Kinsella, John Jakes, entre outros.  É muita gente que eu amo. Mas estes eu compro os livros sem hesitar.

Quais as obras favoritas da Flávia, leitora?
Acredito que meu lado jornalista fala muito alto nesta hora. Atualmente dois livros que li e mexeram comigo profundamente foram: Memórias de uma Infâmia, Lydia Cacho e Holocausto Brasileiro, da Daniela Arbex. Sou viciada também em livros referentes ao Regime Militar Brasileiro e à Segunda Guerra Mundial: a Bicicileta Azul, da Regine Deforges; A Menina que Roubava Livros, Maruos Zusak; A Resistencia, da Agnes Humbert; Cova 312, Daniela Arbex e por aí vai.

E, por fim, como autora, qual é o seu maior sonho (ou objetivo, se preferir)?
Escrever até o fim da vida. Meu objetivo é o mesmo quando eu ainda era criança: nunca parar de escrever. Eu quis tanto que as pessoas conhecessem meu trabalho, mas vejo que isto é utopia. É bom, claro, saber que seus leitores amam ler suas obras, mas não é o mais importante. O que vale é que esta paixão pela escrita, nunca se apague dentro de mim. O resto é consequência.

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Conheça as obras da autora



Resenha no Blog: O Duque.

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Espero que tenham gostado da entrevista e se interessado pelas obras da Flávia. Ela escreve extremamente bem!

Abraço!

3 comentários

  1. Não Conhecia a Flavia! Adorei a entrevista! Por um tempo fui viciada em romance de época, agora faz um tempo não leio! Quem sabe eu comece com O duque!

    Abraços!
    Livros em Cena

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    Respostas
    1. Oii, Ingritt!!
      Eu amo romances de época e O Duque é incrível!! Leia sim! Penso que vai adorar! A escrita da Flávia é muito intensa e envolvente ♥

      Abraço!

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  2. O primeiro livro que li da Flávia foi A mulher moderna e eu adorei, a seguir li então O Duque posso dizer que fiquei fã da escrita da Flávia 💜. As personagens são intensas, emocionantes e maravilhosas. Vou com certeza seguir o trabalho desta fantástica escritora.
    Um abraço!

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