[Quotes] A Dama de Papel - Catarina Muniz


Olá, pessoal! Tudo bem?!

A Dama de Papel foi um dos melhores romances de época/histórico que li esse ano. Mesmo após ter feito a resenha, senti que ainda precisava falar mais sobre o livro, no entanto fiquei com receio de dar algum spoiler e não comentei alguns aspectos. Para quem não leu a resenha vou deixar o link AQUI e espero que fiquem instigados a ler essa obra tão bem escrita e envolvente. Então, para trazer mais um pouco dessa história para vocês, o post de hoje é dedicado aos trechos que me marcaram durante a leitura.

♥♥♥

“A névoa da noite preenche os espaços entre casebres, cortiços e as ruas enlameadas das áreas pobres e marginalizadas da cidade, onde se amontoam como ratos homens, mulheres, crianças, idosos. Um batalhão de miseráveis estrategicamente à margem da extraordinária riqueza que a ilha inglesa produzia. Apesar de literalmente serem as peças essenciais do fenomenal crescimento industrial, as grossas fatias menos favorecidas da população eram vistas como mero efeito colateral do espetacular desenvolvimento urbano, comercial e econômico. A pobreza era um mal necessário. E inevitável.” (p. 5) 

“Homens pobres, cansados, velhos, perdidos, frustrados afogavam na bebida, por momentos fugazes, a amargura da própria insignificância enquanto suas mãos passeavam pelas pernas das mulheres ali presentes. Viúvas, camponesas, imigrantes. Como eles, pobres, cansadas, perdidas, abandonadas. Aqueles que ali se entregavam à lascívia por poucas moedas e alguns goles viviam apenas um dia após o outro. Sem perspectivas, sonhos, planos. Sem posses de qualquer natureza. Nada havendo a perder, a liberdade torna-se a propriedade única. Inclusive a liberdade de não ser.” (p. 6)


“Damas vitorianas eram a mola propulsora da engrenagem familiar, devotas ao lar, aos badulaques, à educação dos filhos, aos criados, aos maridos. Damas vitorianas eram educadas desde cedo para que detivessem o domínio dos próprios sentimentos e frustrações em nome do que realmente importava: a estabilidade familiar, ingrediente indispensável para que a riqueza brotasse permanentemente em seus lares.” (p. 7)

“Melinda via-se como um animal selvagem enjaulado e indócil. Ela sonhava com a vida. Com a própria vida. Com o domínio e a posse sobre si mesma, à sua maneira.” (p. 8)


“[...] Nunca fui simpática à ideia de ser uma moça nobre, cercada de servos, riquezas, limites alheios e frustrações! Nunca me afeiçoei a possibilidade de me esconder à sombra de ninguém, em especial de um homem, um marido. Sempre quis viver para mim mesma, à minha maneira”. (p.45)

“Sou pouco, tenho menos ainda. Mas me pertenço!” (p.102)

“Tudo o que Molly queria era ser livre. Dona de si e independente. Tudo o que Molly queria era ter o domínio sobre as próprias escolhas e conclusões.” (p.214)


Ao ler esses trechos me vi novamente transportada para a história de Molly. A dama de Papel é um livro bonito por sua narrativa poética. Intrigante e profundo pelas temáticas abordadas aqui. E para mim, triste e angustiante, mas especial.

♥♥♥

Espero que tenham gostado do post!

Continue acompanhando o #NovembrodeÉpoca

Abraços.


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2 comentários

  1. Amei os Quotes, esse é um livro que está na minha lista! Adorei a foto e o tecido inserido no rosto da foto da capa, ficou Show!

    Parabéns pelo post!!! <3
    http://cronicasdeeloise.blogspot.com.br/

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    1. Muito obrigada, El!!
      Feliz que tenha gostado ♥ Indico demais esse livro, ele é bastante singular dentre o gênero.

      Bj!

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