[Resenha] O Desafio de Ferro - Holly Black e Cassandra Clare

Título: O Desafio de Ferro
Autoras: Holly Black e Cassandra Clare
Editora: Novo Conceito
Selo: #irado
Páginas: 384
Ano de publicação: 2014

Amigos e Inimigos. Perigo e Magia. Morte e Vida. 
A maioria dos garotos faria qualquer coisa para passar no Desafio de Ferro. Callum Hunt não é um deles. Ele quer falhar. Se for aprovado no Desafio de Ferro e admitido no Magisterium, ele tem certeza de que isso só irá lhe trazer coisas ruins. Assim, ele se esforça ao máximo para fazer o seu pior... mas falha em seu plano de falhar.  Agora, o Magisterium espera por ele, um lugar ao mesmo tempo incrível e sinistro, com laços sombrios que unem o passado de Call e um caminho tortuoso até o seu futuro. 


♥♥♥

O Desafio de Ferro é o primeiro volume dos cinco livros que compõe a saga de fantasia infantojuvenil denominada Magisteruim, das autoras Holly Black e Cassandra Clare. 


O protagonista, Callum Hunt, é um menino de 12 anos, conhecido em sua cidade pelo temperamento forte e rebelde. Porém, Call não é diferente apenas por sua personalidade, ele também é um Mago, assim como seus pais e, devido a isso, precisa fazer um teste para entrar na escola de magia Magisterium, onde aprenderá a equilibrar e controlar suas habilidades. Os testes pelos quais os aspirantes devem ser submetidos é chamado de “O Desafio de ferro”, aqueles que forem aprovados, ingressarão em seu primeiro ano na instituição para aprendizes. Contudo, Alastair, pai de Call, desencoraja o filho a ter qualquer relação com a magia, descrevendo como as cavernas onde está localizado o colégio, são horríveis e sombrias, povoadas de criaturas medonhas, afirmando ainda, que a magia foi a causa da morte de sua mãe e não trará nada de bom para o menino. 

Dessa maneira, durante as provas do Desafio, o garoto tenta de todas as formas se dar mal e acontecem fatos um tanto inusitados que demonstram como ele tem um grande poder dentro de si. O resultado dos testes o deixa na posição mais baixa e, apesar disso, Call ainda é escolhido, para o desespero de seu pai. Afinal, Alastair não pôde impedir a entrada do filho no Magisterium, que adentra no mesmo cheio de dúvidas e receios.

“Várias crianças acham que isso tem a ver com serem especiais”, o pai de Call havia dito. A repulsa na voz dele era evidente. “Os pais delas também acham a mesma coisa. Em especial nas famílias onde a magia foi praticamente extinta, ter uma criança mágica é uma esperança de que esse poder possa retornar. Porém, são as crianças sem famílias com poderes mágicos as que mais merecem nossa compaixão. São elas que pensam que tudo será como nos filmes."
"Nada é como nos filmes” (p. 17)



Durante o processo de escolha cada Mago elege seus aprendizes, que ficarão juntos durante todo o ano, a partir daí, é formado o nosso trio de protagonistas, cada um com uma personalidade distinta e com objetivos diferentes, mas que encontram ao longo da trama, um no outro o apoio e a amizade para seguir em frente nas mais diversas situações.  

O enredo traz como pano de fundo um mistério que permeia toda a história, ele não é o centro da trama, mas está lá e, vez ou outra, aparece para nos deixar com a pulga atrás da orelha. Na parte final do livro há acontecimentos surpreendentes e os últimos capítulos não nos deixam desapegar das páginas um só instante, pois precisamos lê-las para descobrir, afinal, o segredo por trás de toda a história. E quando tudo é revelado, me vi de queixo caído! É algo inimaginável! Totalmente chocante e desesperador para o pobre leitor. Fiquei surpresa por não pensar em nada a respeito e, devido a isso, foi simplesmente incrível! 

De modo geral, a obra não segue sempre um ritmo acelerado, a trama foi construída com elementos significativos e que prendem o leitor, embora seja na reta final que o livro ganha os aspectos realmente marcantes, dando início a essa nova saga que tem tudo para ganhar muitos leitores, não só do público juvenil, mas também aqueles que gostam de uma boa aventura, regada de ação, fantasia e mistério.

2 comentários

  1. Estou acompanhando essa série e concordo, falta uma emoção maior. Vamos ver se os próximos melhoram ;)

    Andy _ Mon Petit Poison

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    1. Oii, Andy!
      Realmente ao longo da narrativa não há grandes emoções, que ficam para o desfecho. Vamos ver o que nos espera a seguir!
      Bj!

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