[Dica de Leitura] Ódio & Amor - Nana Pauvolih


Essa não é uma história para todos. Não indico para pessoas sensíveis a cenas de violência e abuso. Porém, se você gosta de romances intensos e não se importa com esses temas, indico muito!

Ódio é uma história sobre vingança. Caena conheceu Thomaz na fazenda do pai quando ambos eram crianças e esse dia ficou marcado para sempre em suas vida. Ainda menina, Caena foi embora com a mãe, muitos anos se passaram e ela precisa voltar para casa, no entanto, não esperava encontrar um local cheio de segredos e aquele menino que ficou sempre em sua lembrança, com puro ódio no olhar.

De modo geral essa duologia é definida pelos seus títulos, o Ódio e o Amor são centrais aqui, mas a trama não se restringe a eles. É uma narrativa repleta de sentimentos controversos e momentos de dor, agonia, felicidade, tristeza. Por vezes me vi angustiada enquanto lia, de mãos atadas lendo as atrocidades que eram vividas pelos personagens, enquanto queria matar quem os feria. Foi impossível não sentir raiva e uma enorme sensação de impotência ao pensar que muitos passam por isso em nossa realidade.

"E diante deles, como um tolo, um louco, um ser digno de pena, eu chorei, sem som, sem alarde, sem movimentos. Mal os enxerguei. Apenas deixei as lágrimas caírem, sem controle de mais nada."

Mas essa também é uma história de Amor, de segundas chances, recomeço. Sobre como o caminho trilhado para costurar as feridas dói, machuca, mas vale a pena aguentar cada ponto, vale a pena lutar para realmente viver!


O desfecho de Ódio foi um dos mais chocantes que li! Simplesmente parei a leitura e fiquei olhando para o nada enquanto absorvia a cena. Em contrapartida, Amor foi emocionante e feliz. Gostei como a Nana trabalhou as questões delicadas abordadas no livro, como construiu personagens complexos, cheios de camadas e que são tratados como humanos, passíveis de cometer erros, mas também de se reinventar. 

Adorei a duologia e toda a mescla de emoções que senti ao longo da leitura, com certeza, se tornou a minha história favorita da Nana.

"Eu, que acreditei que o ódio era a única saída, me via dobrado pelo amor. Eu nunca mais queria seguir sem ele."

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